sábado, 21 de agosto de 2010

A Conveniência Humana

Afinidade...palavra esquisita neste mundo. A afinidade é irmã da conveniência. As duas andam de mãos dadas e são primas do momento oportuno. Este por sua vez é parente do ganho pessoal que nunca anda sozinho...sempre está junto com a capacidade humana de se adaptar a quem melhor lhe convier...viu? Voltamos a conveniência.

Em nome da conveniência declaramos afinidades, que sobrevivem até enquanto for oportuno e nos trouxer algum ganho pessoal. Após esses momentos, as afinidades deixam de existir, as declarações de amizade desaparecem e convenientemente procuramos por outros que tenham mais afinidades conosco. E assim caminha a humanidade.

Jesus era terminantemente contra a conveniência. Suas afinidades eram exclusivas com aqueles que precisavam Dele e reconheciam-no como Salvador. Teve vários momentos oportunos de grandes amizades que poderiam lhe abrir muitas portas. Nicodemus, por exemplo. Que grande momento oportuno aquele encontro. Jesus poderia ter ganho acesso fácil às autoridades da época e não seria difícil para Ele convencê-las de seu evangelho. Quantos homens importantes poderiam ouvi-lo. Isso certamente abriria muitas portas. Seus discípulos eram homens muito bons mas um tanto quanto chucros, crus, simples...ele poderia angariar muitos seguidores na elite judaica através de Nicodemus. E o que Ele fez? O que ele fez com essa grande oportunidade de ter Nicodemus frequentando suas reuniões? O que Ele fez?

Agiu completamente fora dos padrões da conveniência humana e deixou claro para Nicodemus o que era ser conveniente para Deus. Disse em alto e bom som: Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu seu filho unigênito para que todo aquele que NEle crê, não pereça, mas tenha a vida eterna... Quem crê NEle não é condenado mas quem não crer já está condenado.(João 3:16-18)

Simples assim...gostou Nicodemus? Acho que sim... parece que continuou frequentando as reuniões de Jesus e inclusive estava presente no seu sepultamento. Penso que descobriu que entre ele e Jesus existiam algumas afinidades baseadas no arrependimento e no novo nascimento.

A grande oportunidade de se achegar a elite judaica? O ganho pessoal que isso poderia trazer ?
Para Jesus a conveniência só servia se Ele cumprisse a vontade do Pai. O compromisso dele era fazer a vontade do Pai e não falar palavras doces a um importante homem do sinédrio, que inclusive poderia lhe abrir muitas portas. Jesus não precisava que homens importantes lhe abrissem portas. Ele era e é a Porta.

Deveríamos aprender mais com Ele que é manso e humilde de coração e nunca agiu por conveniência humana. Já que nos autodenominamos cristãos e seguidores de Jesus.

Pense nisso.